PALMADA PODE?

Tema Teológico: Vida Cristã

Texto base: 

Tipo: Sermão Temático

Proposição: Apresentar princípios bíblicos sobre a disciplina para os filhos

 

    Já é lei em diversos países a proibição aos pais de disciplinarem seus filhos. Vivemos esta discussão também em nosso contexto nacional, e o resultado pode significar sérios problemas as gerações futuras, gerando indivíduos que não conhecem limites, desprovidos de princípios fundamentais para a boa convivência em sociedade. Entendo que como cristãos temos que nos manifestar contra todo tipo de abuso, espancamentos brutais e atitudes violentas, principalmente se tratando de crianças. Mas creio que para estas situações já existem leis que amparam nossos pequeninos. Porém, tenho percebido que ao tratar deste assunto, a mídia e ativistas, cometem constantemente o erro da generalização, igualando o ato de disciplinar ao de espancar.  As duas coisas são muito distintas, disciplinar é educar de maneira justa, cuidando da dignidade da criança lhe mostrando limites, enquanto espancar é abusar da criança, é agir descontroladamente, é desrespeitá-la deixando marcas com prejuízos permanentes. A minha visão sobre este assunto é que o real problema está na falta de conhecimento dos parâmetros que delimitam um caminho que não caia em nenhum dos extremos. Uma postura correta que não implique em omissão, nem tão pouco violência. É isso que proponho a seguir:  

    1 - DISCIPLINE CONFORME A PALAVRA DE DEUS

    A Bíblia deve ser o ponto de partida para alicerçarmos a educação dos nossos filhos. Em Provérbios 22:6 encontramos: “Ensine a criança no caminho em que deve andar e, ainda quando for velho não se desviará dele”. Nossos filhos precisam de princípios que os guiem durante a trajetória de suas vidas. O evangelho de João 14:6 nos aponta para um sobre modo excelente: “Jesus: o Caminho, a Verdade e a Vida. Nele encontramos um verdadeiro manual de conduta, de valores morais, éticos e espirituais. (Leiam 2 Tm 3:16)

    2 - DISCIPLINE DESDE CEDO

    A Bíblia diz em Provérbios 13:24 que: “O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo o disciplina”. Outro texto que nos adeverte: “Visto como não se executa logo a sentença sobre a má obra, o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto a praticar o mal” (Ec. 8:11). 

    3 . DISCIPLINE SEM RAIVA E SEM INJUSTIÇA

    Provérbios 22:8 diz que- “O que semear a perversidade segará males; e a vara da sua indignação falhará”. O processo de correção nunca pode ser realizado com descontrole emocional. Eis aqui a grande diferença entre correção e agressão: Quem corrige o faz com consciência e amor. Quem agride age por impulso, não mede suas forças desejando apenas punir.  Efésios 6:4 também nos orienta: “E vós, pais, não provoqueis à ira vossos filhos”. Amor gera amor, violência só acarreta violência. 

    4 - DISCIPLINE COM AUTORIDADE

    Jesus no ensina: “Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não; pois o que passa daí, vem do Maligno”( Mateus 5:37).  Devemos agir com coerência na educação dos nossos filhos! Não podemos prometer e não cumprir. Muitos pais perdem sua autoridade em torno de ameaças que não são acompanhadas de ações. Em Efésios 6:1 e 4, ainda aprendemos que: “Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor... E  vós, pais criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor”. 

    6 - DISCIPLINE COM METODOLOGIA (INTELIGÊNCIA)

    A educação dos filhos não se limita ao usar a vara! Penso que este deve ser um recurso extremo. A educação deve ser compreendida como um processo de manifestação de intenso carinho, apresentando os valores de forma criativa e prazerosa, como diz Deuteronômio 6:6-9 - “E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos, e delas falarás sentado em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te. Também as atarás por sinal na tua mão e te serão por frontais entre os teus olhos; e as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas...” . A correção deve acontecer quando, conscientemente, os princípios são quebrados. Em provérbios 29:15 – aprendemos que “a vara e a repreensão dão sabedoria; mas a criança entregue a si mesma envergonha a sua mãe.”. Antes de usarmos a vara devemos comunicar o erro de maneira clara.  Se a advertência não resolver podemos usar o castigo como punição entre outras formas que podem surtir bons resultados.