DE ONDE VIM, PARA ONDE VOU?

 

         Há poucos dias atrás foram comemorados os 200 anos do nascimento de Charles Robert Darwin, naturalista britânico que ficou conhecido por sua teoria da evolução. Na publicação de seu livro “A Origem das Espécies” em 1859, Darwin provocou grande polêmica no meio cientifico, e, especialmente, no religioso, defendendo a origem da vida sob um foco diferente do que era o consensual em sua época. Ficaram famosos os debates entre as autoridades científicas e religiosas, como o que ocorreu com Samuel Wilberforce, bispo anglicano e Thomas Henry Huxley, biólogo britânico, em torno da inovadora teoria evolucionista. Quatorze décadas depois, embalada pela comemoração do 200º aniversário de Darwin, a consagrada revista “New Scientist” publicou, em 21 de Janeiro de 2009, em sua primeira página, a expressão: “DARWIN ESTAVA ERRADO”. Neste artigo foram apontados diversos erros cometidos pela teoria da evolução de Darwin, especialmente a sua tese sobre a Árvore da Vida, tudo por suas afirmações não encontrarem apoio em evidências, o que é indispensável a qualquer afirmação para ser considerada científica.

            Refletir sobre a origem da vida é algo inevitável. O ser humano, desde seus primórdios, discursa sobre este tema. Concepções distintas entre si como as Ciências Naturais e a Teologia se expressam sobre a eterna indagação: “De onde vim?”. A dissertação da criação do universo feita pelas Ciências Naturais sofre constantes mudanças, sempre condicionadas às novas descobertas. Encarar a criação do mundo sob a ótica Teológica é crer em princípios de fé que não são, necessariamente, contrários aos argumentos científicos, mas não precisam de evidências para serem considerados verdadeiros. A convicção de fé de que Deus criou o mundo não exclui teorias científicas sobre modificações e mutações sofridas por seres vivos em função de seu habitat. Assumir uma visão de fé sobre a criação é crer que há um Criador de todas as coisas. É crer que em sua origem tudo era bom, e que o ser humano, do barro, foi feito excelente, a imagem de Deus. A narrativa bíblica da criação não é um tratado científico. Não se preocupa em descrever aspectos naturais da micro e macroevolução. Ela simplesmente apresenta Deus como fonte da vida e o motivo da existência de tudo.  

            O livro de Gênesis revela a verdade espiritual sobre a razão de nossa existência. Pela fé entendemos que não somos fruto do acaso. Pela fé somos amparados na concepção de que, havendo um propósito no surgimento de todas as coisas, podemos ter também esperança para o futuro delas. Além de narrar o propósito e a origem de tudo, a Bíblia fala que haverá uma Nova Criação: “um novo céu e uma nova terra”. Habitarão nesta nova ordem aqueles que perseverarem crendo no Criador e Sustentador da vida. Para viver nesta realidade futura não será preciso conhecimento científico. Pouco importará as nossas teorias e filosofias humanas. Tudo se resumirá ao simples ato de fé.

            Quando refletir sobre a origem da vida não deixe também de pensar sobre o futuro dela. “DE ONDE VIM, PARA ONDE VOU?”.

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